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Pequeno roteiro para trabalhos científicos em interpretação geofísica

Pequeno roteiro para trabalhos científicos em interpretação geofísica Introdução Apresentação do tema. Motivação. Objetivos a alcançar. Hipótese testada. Contexto Geológico (pode ser um item separado ou estar na introdução) Toda a base geológica necessária para entender a interpretação. Esta parte do texto prepara o leitor para entender a geologia da área. Métodos Métodos ou Metodologia? Métodos são mais comuns. Metodologia é “o estudo do método”, só use se for aplicável ao seu estudo (trabalho metodológico). Descreva os dados e os métodos utilizados. Dados: resolução espacial (tamanho de célula, distância entre pontos ou linhas de voo). Métodos: quais métodos geofísicos e técnicas foram utilizadas? No que se baseiam? No caso de técnicas, quais os autores principais? Resultados Descreva o que foi criado no trabalho, sem interpretações. Aqui entram mapas, lineamentos e polígonos interpretados, modelos, etc. Mas não entra a sua opinião! Esta seção é para descrever o resultado apenas. D...

Java - O inicio

Para criar o programa Java, é preciso que você instale a JVM (JavarVirtual Machine). A JVM cuida dos processos de modo independente do sistema operacional, de forma que um código Java escrito em um SO pode ser executado em outro. Instalação do JAVA - Versão Padrão: Java SE (Java Plataform Standard Edition) Baixe e execute o executável:  https://www.oracle.com/java/technologies/downloads/ Onde programarei? Sugestão de ambiente de desenvolvimento: NetbeansIDE NetbeansIDE é um ambiente de desenvolvimento gratuito para desenvolvedores, pode ser utilizado para várias linguagens de programação além do Java. https://netbeans.apache.org/download/nb122/nb122.html https://netbeans.apache.org/download/nb15/index.html Dicas de instalação  (as páginas nos vídeos podem estar desatualizadas, mas os conceitos e dicas são válidos!) Gustavo Guanabara https://www.youtube.com/watch?v=yWU5bm_pZzY https://www.youtube.com/watch?v=Cq7gdAVPlF4 https://www.youtube.com/watch?v=neg1Fn1yN9o Conceitos de p...

Modelo

Criação de modelos: afinal, o que é um modelo? O modelo é uma representação da realidade, de um objeto de estudo. Esta representação pode ou não ser fiel ao objeto real, mas isto dependerá dos dados que você possui para descrevê-lo. Durante a criação do modelo, confrontamos nosso "protótipo" com os dados observados (ou dados "concretos"), como medições de propriedades físicas e valores estatísticos. No processo de modelagem, nós modificamos o modelo até que se pareça ao máximo com os dados observados.  Na maior parte dos casos, a realidade é muito complexa para ser modelada. Ou ainda, não temos dados suficientes para descrevê-la. Nestes condições, podem ser empregados valores estimados para algumas características do modelo, ou podem ser aplicadas algumas premissas. Isto sempre com base na literatura existente.  Como saber se o modelo está bom? É primordial a verificação do erro do modelo em relação aos dados conhecidos . Este erro deve ser o menor possível. Além di...

Softway > Aplicando fórmulas diretamente no banco de dados no Oasis Montaj™

No Oasis Montaj ™ , podemos usar linhas de código diretamente no banco de dados, para auxiliar no processamento/tratamento de dados geofísicos. Toda esta explicação pode ser aplicada pelo menu para operação entre canais (colunas), mas prefiro ir pelo método old school , com digitação direta na janela do gdb. Basta clicar duas ou três vezes no título do canal (coluna) onde será feita a operação, e pressionar "=". Serão dois cliques se você quiser realizar a operação apenas na linha exibida, ou três para você aplicar a fórmula em todas as linhas selecionadas no gdb. Após ativar a tecla "=", é aberto um campo no rodapé do gdb, onde podem ser feitas operações simples (como, por exemplo, soma entre canais ou multiplicação de um canal por um número) ou complexas (como operações lógicas). Relembrando..! A expressão digitada será aplicada a todos os itens do canal, em todas as linhas se foi feita a opção de três cliques no nome do canal, ou apenas na linha atual se foram da...

🔱Estudando tomografia sísmica #3 - Slabs

Das feições observadas na resposta anômala sísmica, a  litosfera oceânica subductada ( slab ) talvez seja o objeto mais precisamente identificado, por sua geometria característica e seu posicionamento em relação à geologia de superfície.    Diante dos esforços tectônicos, a litosfera oceânica  tende a subductar sob a crosta continental por possuir  uma flutuabilidade negativa. A  composição mineral deve auxiliar na conservação da litosfera subductada no manto, por diferenças entre o ponto de fusão das rochas em subducção e as encaixantes mantélicas. Tradicionalmente,  slabs são vistos como um material mais  "frio". Como materiais mais frios tendem a ser mais densos e a acelerar as ondas, e as ondas sísmicas ficam mais rápidas ao passar por esta estrutura, a primeira interpretação de causa da anomalia é a temperatura. Porém, atribuir anomalias sísmicas negativas como sendo causadas por menor temperatura é uma simplificação que nem sempre é válid...

Softway > Como transformar seu dado do Oasis Montaj™ em uma feature para o GPlates

Uma forma de enviar uma feição do formato banco de dados *.gdb, ou outro formato de dados, para exibição no GPlates é a transformação em um shape contendo a idade e o posicionamento da feição. No banco de dados, salve uma coluna PLATEID contendo o número da placa correspondente para cada feature . Adicione ainda as colunas IMPORTAGE (pode ser zero), FROMAGE (em que idade aparece) e TOAGE (em que idade desaparece, ou valor -999 se não quiser que desapareça). Ainda, claro, as colunas com as coordenadas. Sempre uso coordenadas geográficas para este processo, pois a importação é direta. Depois é só abrir no GPlates como uma feature comum. Este modo de exportação  apenas cria feições do tipo ponto. É limitado, porém, te permite reconstruir o próprio dado, e não uma imagem do dado. Assim, é possível fazer análises quantitativas com o dado  na posição reconstruída. Claro, isso tem um preço a se pagar! Para computadores com configurações mais comuns de mercado, a depender do tamanh...

Sismologia - Ondas de corpo e ondas de superfície

As primeiras ondas medidas em um sismograma são as que viajam em trajetória curvilínea no interior da Terra, e chegam por baixo das estações de medida. São as ondas de corpo: onda P (movimentação vertical) e onda S (movimentação na horizontal). As ondas de superfície (como  Rayleigh e Love), como o nome diz, viajam pela superfície do planeta. Elas chegam depois, e criam mais ondulações em comparação com as ondas de corpo. Por isso, em relação aos danos causados por um terremoto, as ondas de superfície são mais destrutivas.     Imagem: IRIS Education - Animations Fonte: https://www.iris.edu/hq/inclass/#language=1

Dados orbitais - gravimetria por altimetria

Altimetria por satélite Quando falamos em altitude , nos referimos à distância medida na vertical entre um ponto da superfície física da Terra e a superfície definida pelo nível médio dos mares (superfície de referência). A altimetria  trata da medição da diferença de nível (distância vertical) entre dois ou mais pontos no terreno. É utilizada, por exemplo, para definir a altitude de vôo das aeronaves. Já a a ltimetria por satélite mede a distância do satélite até a superfície da Terra, observando o tempo de viagem de um pulso de radar do satélite até a superfície e da superfície até o satélite.  Anomalia gravimétrica e altimetria por satélite O mar possui uma flutuação de sua superfície (marés) que é heterogênea, e as diferenças observadas têm uma relação com a distribuição de massas no globo terrestre (crosta e manto).  A lei da gravitação universal, formulada por Isaac Newton, diz que a força da gravidade é diretamente proporcional às massas dos corpos em i...

Catálogos de eventos sísmicos

Os eventos sísmicos podem ser utilizados para estudos tectônicos. Quando plotados, os focos podem auxiliar no mapeamento de estruturas em profundidade.  Alguns sítios eletrônicos oferecem formas simples de obter dados de eventos sísmicos. Os sítios da IRIS (Incorporated Research Institutions for Seismology)  com dados em escala mundial, e do IGN (Instituto Geográfico Nacional) na região da Ibéria, são exemplos de sistemas de pesquisa online simples e rápidos para consultar e fazer o download dos eventos sísmicos.  Também o GFZ German Research Centre for Geosciences, Helmholtz Centre Potsdam ,  disponibiliza um banco de dados de eventos, e uma coletânea do último milênio contemplando eventos na Europa de 1900 a 2006 (SHEEC).  Seguem os endereços: 🎲  Consulta a eventos sísmicos - IRIS 🎲  Consulta a eventos sísmicos - IGN   🎲  EMEC  ( Grünthal, G., Wahlström, R. and Stromeyer, D.: The European-Mediterranean Earthquake Catalo...

Herança do manto na Ibéria - Artigo

Herança do manto na Margem Ibérica ultra-distal (Mantle inheritance on the ultra-distal Iberian margin) "Herança do manto". Do que se trata? O termo herança é usado para referenciar estruturas geradas em fases anteriores da formação do continente, e/ou da litosfera. Já há muito tempo se fala na influência de estruturas pretéritas em eventos deformacionais. Na quebra dos continentes não é diferente. As heterogeneidades herdadas de outros processos tectônicos, por vezes em escala litosférica, irão guiar e.g. o aparecimento de novas falhas e reativação de antigas estruturas, e a incursão de magma nas margens em formação. O trabalho Evidence of mantle inheritance on the ultra-distal Western Iberian Margin from transformed total magnetic anomaly  utiliza dados magnéticos transformados pelo filtro "amplitude do sinal analítico", ou popularmente conhecido como ASA. O dado filtrado permite a observação de feições mal definidas nas anomalias dos dados originais, que ...