Herança do manto na Margem Ibérica ultra-distal (Mantle inheritance on the ultra-distal Iberian margin)
"Herança do manto". Do que se trata? O termo herança é usado para referenciar estruturas geradas em fases anteriores da formação do continente, e/ou da litosfera. Já há muito tempo se fala na influência de estruturas pretéritas em eventos deformacionais. Na quebra dos continentes não é diferente. As heterogeneidades herdadas de outros processos tectônicos, por vezes em escala litosférica, irão guiar e.g. o aparecimento de novas falhas e reativação de antigas estruturas, e a incursão de magma nas margens em formação.
O trabalho Evidence of mantle inheritance on the ultra-distal Western Iberian Margin from transformed total magnetic anomaly utiliza dados magnéticos transformados pelo filtro "amplitude do sinal analítico", ou popularmente conhecido como ASA. O dado filtrado permite a observação de feições mal definidas nas anomalias dos dados originais, que possui forte interação de assinaturas remanentes. A remanência magnética na região é marcante lateralmente, como era de se esperar para a região oceânica. Porém, ela existe também na vertical, com o manto exumado/raso apresentando variação de polaridade magnética com a profundidade (Zhao, 1996). Deste modo, o filtro ASA é conveniente, visto que pode ser assumido como não dependente de parâmetros de inclinação e declinação do vetor de magnetização remanente.
Abaixo estão algumas figuras. O artigo completo está disponível na página da Brazilian Journal of Geophysics.
Feições retilíneas demonstradas no dado magnético filtrado. Região ultra-distal magneticamente anômala em relação à zona de exumação mantélica pobre em magma. Dado: ASA e Integral vertical do ASA (Fig.3 do artigo):
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