Ao se tratar de dados gravimétricos, a resposta observada é um somatório dos efeitos de todas as fontes que estão lateralmente próximas e abaixo do ponto medido, que apresentam massas anômalas. As anomalias gravimétricas são negativas ou positivas, a depender do contraste de densidade do corpo geológico com o meio, sendo negativas quando o corpo possuir uma densidade menor que o meio, e positivas em caso contrário. A maior parte dos estudos gravimétricos trabalha com variações de densidade de 1.5 a 3.3 g/cm^3, e com isso, esta baixa variação dos valores permite um menor erro na interpretação e na estimativa dos contrastes de densidade.
No caso dos dados magnéticos, a interpretação é mais complexa, pois envolve a análise de outros aspectos além do valor numérico da susceptibilidade magnética. Enquanto a gravimetria trabalha com um parâmetro onde, para uma mesma profundidade, as anomalias irão variar apenas com a densidade do material – ou seja, trabalha-se com um campo monopolar; na magnetometria as anomalias irão sofrer influência da configuração do campo magnético atual, e responderão como a interação deste campo magnético com a direção de magnetização e inclinação magnética dos minerais da rocha em estudo. Além disso, os valores de densidade variam dentro de uma ordem de magnitude, enquanto que os valores de susceptibilidade variam até cinco ordens. Com isso, o risco de erro na interpretação de dados magnéticos é mais elevado.
Apesar de a análise das anomalias no campo gravitacional e magnético da Terra revelar aspectos importantes da geologia da região de interesse, auxiliando na interpretação dos corpos em sub-superfície, não é possível obter uma única solução para uma anomalia observada (TELFORD et al., 1990). O significado atribuído a um conjunto de anomalias dependerá de vários fatores, alguns mensuráveis, como a resolução do dado ou a qualidade do processamento do dado bruto, e outros não mensuráveis, como o método de interpretação e conhecimento de geologia e geofísica do intérprete.
Texto extraído de Alves (2012)
No caso dos dados magnéticos, a interpretação é mais complexa, pois envolve a análise de outros aspectos além do valor numérico da susceptibilidade magnética. Enquanto a gravimetria trabalha com um parâmetro onde, para uma mesma profundidade, as anomalias irão variar apenas com a densidade do material – ou seja, trabalha-se com um campo monopolar; na magnetometria as anomalias irão sofrer influência da configuração do campo magnético atual, e responderão como a interação deste campo magnético com a direção de magnetização e inclinação magnética dos minerais da rocha em estudo. Além disso, os valores de densidade variam dentro de uma ordem de magnitude, enquanto que os valores de susceptibilidade variam até cinco ordens. Com isso, o risco de erro na interpretação de dados magnéticos é mais elevado.
Apesar de a análise das anomalias no campo gravitacional e magnético da Terra revelar aspectos importantes da geologia da região de interesse, auxiliando na interpretação dos corpos em sub-superfície, não é possível obter uma única solução para uma anomalia observada (TELFORD et al., 1990). O significado atribuído a um conjunto de anomalias dependerá de vários fatores, alguns mensuráveis, como a resolução do dado ou a qualidade do processamento do dado bruto, e outros não mensuráveis, como o método de interpretação e conhecimento de geologia e geofísica do intérprete.
Texto extraído de Alves (2012)
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